Jovem Aprendiz
“O momento é de crise, mas caberá ao
jovem aprendiz a chance de reverter esse quadro se ele se dispuser a entrar
para o mercado de trabalho com vontade de aprender uma profissão e ajudar a sua
família”, a frase pronunciada pelo presidente da Associação Comercial e
Industrial de Campos, José Luiz Lobo Escocard reflete o momento vivido pelo
país e pela região. Uma vez que o índice crescente do número de jovens que
passam a fazer parte daqueles que desejam entrar no mercado de trabalho é
grande.
Desde a semana passada (20) o governo
federal vem convocando todas as entidades representativas da sociedade civil
para debater temas que envolvem a aprendizagem profissional de jovens e a
aplicação de medidas que devem ser tomadas para aperfeiçoa-las.
Desta forma, ontem (27) o presidente
da Fundação CDL, Maurício Arêas e o representante do Sindicato do Comércio
Varejista de Campos, Alexandre Albuquerque do Amaral, estiveram no Conselho
Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e entregaram um
projeto à sua presidente Jerusa Raquel dos Santos Faria contendo um plano de
ações a serem efetivadas pelos empresários do setor comercial e industrial.
- O objetivo é registrar a Fundação
CDL no Conselho Municipal para que possamos trabalhar o nosso projeto de
aprendizagem e proporcionar aos jovens entre 18 e 24 anos a oportunidade de
aprenderem um ofício e ingressar no mercado de trabalho, foi o que explicou o
presidente da Fundação CDL, Marcelo Arêas.
De acordo com Arêas, ainda falta
alguns pontos a serem avançados no projeto até a sua consequente aplicação por
todos os empresários do comércio e da indústria.
- O projeto tem por objetivo
trabalhar o menor de 14 a 18 anos com cursos e encaminhamento profissional do
menor aprendiz no comércio local. Nós já sabemos que dentro da nossa região
nessa faixa etária há um percentual de mais de 8.000 jovens disponíveis para
entrar no mercado de trabalho, uma vez que eles já estão inscritos no
Ministério do Trabalho para participar desse projeto - informou Arêas.
O projeto ainda precisa receber o
registro de Utilidade Pública na Câmara Municipal para então aguardar o
registro do Conselho Municipal da Criança e Adolescente para então implantar o
projeto no comércio local.
O consultor de RH e representante do
Sindicato do Comércio Varejista, Alexandre Albuquerque informou que esse é um
projeto que teve resultados positivos no sul fluminense, onde mais de 800
jovens tiveram sua primeira experiência de trabalho. Para ingressar neste
projeto é necessário que o jovem esteja matriculado e cursando a escola
regularmente, para então ter um outro curso de aprendizagem profissional seja
no comércio como na industrial.
- Na reunião realizada na CDL na
segunda (26), o sistema 5 S´s (Senac, Senai, Sesc, Sesi, Senat) foi indicado
para participar do projeto, mas somente o Senai é que tem tido resultados
positivos ao contrário do Senac que não apresenta resultados satisfatórios para
sabermos exatamente quantos jovens tem conseguido uma vaga no mercado de
trabalho, informou Alexandre.
O Programa - O Programa
de Aprendizagem já abriu, neste ano, uma oportunidade para 238.778 jovens, com
idade entre 14 e 24 anos. Eles estão inseridos em empresas de médio e grande
porte pela Lei da Aprendizagem (Lei 10.097), regulamentada em 2005, que
determina de 5% a 15% das vagas, sejam preenchidas por jovens. Uma das
exigências do programa é estar frequentando a escola ou já ter concluído o
ensino médio. Para pessoas com deficiência não há limite de idade.
Um dos parceiros do Ministério do
Trabalho no Programa Jovem Aprendiz é o Centro de Integração Empresa-Escola
(CIEE), no qual os jovens frequentam, uma vez por semana cursos
técnico-profissionalizantes com aulas direcionadas ao ramo da empresa em que
estão inseridos. Nos outros dias eles aplicam este conhecimento na empresa. Os
contratos variam de quatro a seis horas, com Carteira de Trabalho assinada. O
salário, o recolhimento do FGTS e do INSS são proporcionais à jornada. O bom
desempenho escolar é uma exigência, por isso a carga horária é reduzida.
A Lei da Aprendizagem foi criada para
atender principalmente os jovens de baixa renda, que passam a ajudar no
orçamento de casa sem sair da escola.
Fonte: Ascom ACIC
Data: 28/09/2016
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